Durante séculos, Taleon foi um continente moldado pela luz, pela bravura dos heróis e pela sabedoria dos reis. No entanto, algo antigo e obscuro despertou além dos limites conhecidos das magias elementais. Um poder que havia sido selado nos tempos primordiais começou a se espalhar lentamente pelas fendas do tempo e da realidade. Esse poder ficou conhecido apenas como o Lado Sombrio.
Foi Zoltan, o sábio dos magos, quem primeiro sentiu a perturbação. Em uma manhã gélida, ele interrompeu seus estudos em Kazordoon e anunciou aos anões que “a pureza da luz foi tocada pela corrupção das sombras”. Desde aquele dia, estranhas manifestações começaram a surgir em todo o continente: ecos de vozes em lugares silenciosos, runas negras aparecendo em pergaminhos brancos, e guerreiros reclamando de sonhos recorrentes com equipamentos feitos pelas trevas.
Enquanto a maioria ignorava os sinais, o Rei de Thais, guardião de segredos milenares, começou a agir em silêncio. Nas profundezas do castelo, ele retomou contato com antigos conjuradores que um dia haviam sido banidos por flertarem com magias proibidas. Eles revelaram a existência de um ritual sombrio, capaz de corromper um equipamento sagrado, transformando-o em uma versão obscura.
Esse equipamento não é apenas um traje – ele é um pacto. Um vínculo com as forças do lado sombrio. Aqueles que desejassem usá-la deveriam provar seu valor vestindo primeiro a luz, e depois enfrentar a tentação do poder obscuro. O preço é alto, uma oferta digna apenas dos mais ousados ou tolos.
Poucos foram os que se arriscaram, e menos ainda retornaram os mesmos. A equipamento parecia vivo, pulsando com energia sombria. Havia relatos de que o equipamento podia conceder grande sorte… ou profunda desgraça, dependendo da alma de quem o vestia.
Hoje, rumores correm entre os bardos de Carlin e os feiticeiros de Edron: o Lado Sombrio não chegou… ele sempre esteve aqui. Apenas dormia. E agora está acordado.
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